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Mesmo que sejam requeridas em pequenas quantidades na dieta dos ruminantes, as vitaminas são nutrientes essenciais com impacto direto no desempenho dos animais e responsáveis por muitos processos metabólicos no organismo, caracterizando-se por serem moléculas orgânicas de estrutura complexa encontradas naturalmente nos alimentos e em forma de precursores (Berchielli et. al, 2011).

Os ruminantes adultos apresentam uma particularidade com relação à dependência da suplementação exógena de vitaminas comparados às outras espécies animais, uma vez que os microrganismos presentes no rúmen também apresentam um requerimento de algumas delas, como é o caso das vitaminas do complexo B e K. Quando os microrganismos sintetizam essas vitaminas para suprir suas necessidades, atendem também às exigências diárias dos ruminantes, pois possibilitam a absorção das vitaminas através da parede ruminal e intestinal (nota: como os animais jovens não possuem o rúmen completamente desenvolvido, torna-se necessário a suplementação). Durante a produção das vitaminas pelos microrganismos, alguns substratos são necessários durante a síntese, no caso da produção da vitamina B12, por exemplo, o ruminante necessita que o aporte do nutriente cobalto esteja adequado na dieta, uma vez que esse mineral compõe 4,5% dessa vitamina (Berchielli et. al, 2011). 

Em casos onde a participação de volumoso na dieta seja baixa, os animais acabam perdendo a capacidade de produzir as vitaminas do complexo B em quantidades suficientes, e nessas condições torna-se necessário incluir esses nutrientes nos suplementos. Um exemplo é a adição de Colina, uma vez que somente 1⁄3 desta vitamina ingerida pelos ruminantes é absorvida de forma intacta, o restante sofre modificação no ambiente ruminal e é excretada pela urina entre 6 e 12 horas (Berchielli et. al, 2011), ou seja, o animal não possui um meio eficiente de armazenamento da mesma em seu organismo. Ainda nessa situação, torna-se indispensável também, maior inclusão das demais vitaminas na dieta, principalmente  A, D e E (pois mesmo que as forragens não atuem como fontes diretas dessas vitaminas, possuem pré-formadores importantes, como os carotenos e tocoferóis, que são bases para a formação das vitaminas A e E, respectivamente). Nessa lógica, quanto menor a inclusão de forragem na dieta total, maior deverá ser o aporte exógeno dessas vitaminas.

 Rótulos com adição de vitaminas podem se basear nas exigências nutricionais, considerando também a capacidade de armazenamento temporário pelos animais. A vitamina A por exemplo, pode ser armazenada por semanas no fígado, diferentemente da vitamina E em que os estoques são baixos e podem ser esgotados rapidamente (além da sua absorção ser menor nos ruminantes que em outras espécies). Independentemente, a falta de ambas podem causar problemas graves relacionados ao crescimento animal e desenvolvimento reprodutivo, impactando diretamente nos resultados de produção (Berchielli et. al, 2011).

Em resumo, ao sabermos da importância do atendimento aos requerimentos de vitaminas na dietas dos bovinos, torna-se necessário sempre avaliar a dieta fornecida aos animais, desde os alimentos até os suplementos ofertados no cocho,  pois dessa maneira o planejamento nutricional e o atendimento às exigências ocorrerá de maneira assertiva. Para mais informações sobre acompanhamento e avaliação nutricional consulte um de nossos técnicos. Macal, inteligência técnica que gera lucratividade.

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